sexta-feira, 14 de abril de 2017

Cuidado com o pecado!


A doutrina do pecado encontra-se claramente exposta em toda a Bíblia. O pecado não é apenas um ator coadjuvante na história da vida humana, mas ele representa um dos personagens principais. A Bíblia, em nenhuma hipótese, lhe nega a força, a sutileza tentadora que, no interior do homem é uma inclinação para o mal, e no exterior, uma sedução para a prática dos desejos da carne. Trata-se de uma luta renhida entre a carne e o Espírito: de um lado, a consciência, e o dever de fazer o bem; do outro, a convicção de que o mal está sempre presente (Rm 7.21; Gl 5.17). O apóstolo Paulo foi incisivo ao tentar descrever esta angustiante batalha: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? ” (Rm 7.24).

O termo hamartia, de origem grega, é traduzida por “pecado ou erro” (At 3.19). Pode se dizer que a palavra pecado está relacionado com o significado de “errar um alvo”. Por exemplo, no Israel antigo, um grupo de soldados era tão experiente em arremesso de pedras que eles atiravam “sem errar”, ou, numa tradução literal, “sem pecar” (Jz 20.16). Assim, pecar é errar o alvo dos padrões perfeitos de Deus, ou ainda, transgredir a Lei Divina. João afirmou que o pecado é iniquidade (1 Jo 1.4).

Em 1 João 3.8, escreve João que o Diabo peca desde o início; ele jamais se firmou na verdade (Jo 8.44). O mais excelso e maravilhoso dos anjos, conhecido também como querubim ungido, envaideceu-se até que, em si, foi achada iniquidade (Ez 28.12-18). Seu pecado é conhecido também como a “condenação do diabo” (1 Tm 3.6). Adão e Eva, os primeiros representantes da raça humana, foram criados perfeitos - à imagem de Deus e passaram a habitar no jardim de Deus, chamado Éden (Gn 1.27). Eles foram colocados no Éden para lavrar e guardar o jardim e gozavam de uma plena comunhão com o Criador, porém, a Adão e Eva desobedeceram a ordem de Deus, e enganados pela serpente (o diabo), comeram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal.

O Senhor Jesus assevera que o Diabo, o agente tentador, é homicida desde o princípio (Jo 8.44). Se ele tivesse permissão, mataria o homem ali mesmo, no Éden. Como não pôde fazê-lo, induziu Adão a revoltar-se contra o Senhor. Nesta sanha, não mediu esforços para arruinar nossos pais. Usando a serpente para levar Eva ao pecado (2 Co 11.3), ato contínuo, induziu a esta a instigar o homem à rebelião contra o Criador (1 Tm 2.14). Adão e Eva foram tentados pela concupiscência dos olhos, pela concupiscência da carne e pela soberba da vida (1 Jo 2.16). Eva, vendo que o fruto da árvore era bom para se comer (desejo da carne), agradável aos olhos (desejo dos olhos) e desejável para dar entendimento (soberba da vida), o tomou, comeu e ainda ofereceu ao seu marido (Gn 3.6). O ciclo da queda estava completo. O que era tentação torna-se, agora, transgressão da Lei de Deus. O apóstolo Paulo salientou que o pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram (Rm 5.12). Paulo ainda acrescenta, que quem peca recebe como salário a morte (Rm 6.23). Tiago, o irmão de Jesus, também afirmou que o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.15).

Muitas foram as consequências causadas pelo pecado de Adão e Eva, no Éden. Vejamos algumas delas: a. Após pecarem, Deus determinou ao homem que o serviço de lavrar a terra tornaria um trabalho muito penoso (Gn 3.17-19); b. Por causa de sua desobediência, a mulher sofreria em sua mais sublime missão, dar à luz filhos com dores (Gn 3.16); c. Da mesma forma, a natureza sofreu as consequências deste ato de transgressão insano do homem, que a levou à desarmonia. Paulo assevera que a criação geme e chora aguardando a redenção (Rm 8.20-22; Gn 3.17); d. O homem foi o homem expulso do Éden e, até o presente, perdeu a comunhão que desfrutava com o Criador, o Senhor (Is 59.2). Agora, distante de Cristo, ele passou a ser considerado filho da ira (Ef 2.3); e. Além de causar a morte espiritual, o pecado leva à morte física (Gn 2.17); e caso o homem persista em seus delitos, haverá de experimentar a condenação de Deus.


Jesus, o Filho de Deus, veio a este mundo para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8) e só existe um antídoto eficaz contra o pecado: o sangue de Cristo Jesus derramado na cruz do Calvário que pode purificar o homem de todo o pecado (1 Jo 1.7). Quando pecamos e confessamos os nossos delitos, temos a certeza, a absolvição e o perdão destes pecados. Mas o que mais incomoda o homem é ter confessado e voltar a praticar novamente o que anteriormente diz ter arrependido. A Bíblia diz que quem confessa e deixa alcança misericórdia, porém, “aquele que encobre as suas transgressões nunca prosperará” (Pv 28.13). Enfim, agora que somos filhos de Deus, temos a viva esperança e convicção que estamos salvos e podemos afirmar: “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito”. Encorajados pelas palavras do apóstolo Paulo declaramos que: “as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada (Rm 8.1,18).


* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017 
ADOLESCENTES E JUVENIS

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO”

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