segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

As setenta semanas do livro de Daniel.





O profeta Daniel, estudando a Palavra, entende que o tempo para reedificar Jerusalém era chegado, então o Senhor envia o anjo Gabriel para instruí-lo, explicando que um novo período de tempo, nunca antes citado, tempo em que vários objetivos seriam alcançados: “setenta semanas estavam determinadas sobre o povo e a santa cidade” e são eles: extinguir a transgressão; dar fim aos pecados; expiar a iniquidade; trazer a justiça eterna; selar a visão e a profecia; ungir o Santo dos Santos.

Certamente que as setenta semanas avançam até a vinda de Jesus e a entrada da eternidade, pois só lá e naquele tempo, por exemplo, se terá dado fim aos pecados e terão sido cumpridas toda visão e profecia.

Uma semana ou seus sete dias deve sempre ser interpretado como um período completo de tempo, para a realização dos propósitos de Deus.

Então, as setenta semanas (setenta vezes sete) conclui-se em absoluto todo o tempo dado aos homens e particularmente aos chamados, o povo de Deus.

Das setentas semanas, um primeiro período de sete semanas e 62 semanas tiveram o seu início no reinado de Ciro, quando foi dada a “ordem para restaurar e reedificar Jerusalém” e que iria até a chegada do Messias, Jesus.

 Aconteceu nesse tempo de sessenta e nove semanas que as ruas e edifícios foram reedificados em Jerusalém, mas em dias “angustiosos”, no pós-cativeiro babilônico, conforme vemos registrado nos livros de Esdras e Neemias.

Ou seja, o anjo Gabriel revelou que Jerusalém seria restaurada com dificuldade e num período de cerca de 445 anos, ainda que na contagem de Deus era um espaço de tempo de apenas 69 semanas (483 dias), concluído isto, seria já o tempo do Messias.

E ao mesmo tempo, atenção, fica definido que da vinda do Messias Jesus até o fim, até a conclusão de tudo resta uma semana, na qual já estamos por quase dois mil anos.

     Nesse período final de uma semana/sete dias é já a semana de número setenta; precisamos analisar o verso 26 e depois o 27 separadamente. No verso vinte e seis é dito que nesta última semana o Messias Jesus seria tirado e, mais, “o povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade e o santuário” e “até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações”.

     Isto é o que aconteceu – Jesus foi tirado (rejeitado e morto) e Jerusalém e o Santuário foram destruídos pelo povo romano; e é também o que está acontecendo - o mundo sendo assolado e as guerras continuam e existirão até do fim, não existirá tempos de paz, nem tempos melhores.

O verso 27 traz mais detalhes desta mesma última semana: o Messias “firmará um concerto com muitos por uma semana”. E, agora, há uma repartição desta semana final ao dizer: “na metade da semana fará cessar o sacrifício e a ofertas de manjares” e, ainda acontecerá que “sobre a asa das abominações virá o assolador e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”.

Atentemos que o verso 27 primeiro refere-se ao concerto eterno (sete dias) que Jesus faz pela morte na cruz e “com muitos”, com os creem em seu nome e é o concerto da salvação eterna (sete tempos), no perdão dos pecados pelo seu sangue. 

O detalhamento final é a partir da metade da última semana, os três e meio dias finais, quando, então, o Messias “faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares” cumpriu-se isto quando Cristo morto pelos judeus tornava inútil os sacrifícios e ofertas determinadas pela lei em Jesus está o sacrifício e a oferta que satisfazem perfeitamente a justiça de Deus. Para que cessasse de fato toda religiosidade vã definida pela lei foi destruído o templo e a cidade de Jerusalém pelo “povo do príncipe que havia de vir” - os romanos, que, no ano 70 aD, com seus exércitos, não deixou pedra sobre pedra. Desde então nunca mais se realizou tais rituais levíticos.

De Jesus morto ou o santuário destruído até o fim de tudo, para Deus transcorreria somente 3 e ½ dias, e, por causa das abominações viria o assolador (o diabo) e isto até o fim, a consumação, nisto incluindo a destruição de todo poder das trevas e de Satanás.

 Sempre houve citações de tempos pela Palavra de Deus como os quatrocentos anos de cativeiro no Egito, os quarenta anos no Deserto e os setenta anos de cativeiro em Babilônia.


Assim, sendo as setenta semanas tão precisas, outros tempos determinados na bíblia como o milênio e as “2.300 tardes e manhãs” e outros, só terão lugar dentro dos limites deste espaço, o que norteará, dentre tantas opiniões, a que possa ser verdadeira ou correta.

* Esse texto é apenas um pequeno recorte de uma mensagem mais ampla sobre as setenta semanas do livro do profeta Daniel. Segue abaixo o link para acesso ao vídeo que contém o estudo completo sobre o tema.




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